25.2.09

o pior de sempre

comecei a entender isto do carnaval, esta coisa de sair à noite com os amigos, de beber uns copos, de nos rirmos, de cumprimentarmos quem não conhecemos, de falarmos pelos cotovelos, um pouco tarde. no entanto, desde que compreendi que esta festa, e cada vez mais, não sei se felizmente, em ovar, é de partir com tudo, sempre me diverti à grande e, usando o cliché, à francesa! o total bordel instalado. sem palavras.

este ano, e falo da segunda para terça, que tinha tudo para ser perfeito, pelo facto de estar pronto para fazer uma grande viagem e por isso estar feliz, o facto de estar de férias, de termos tido uma fantasia espectacular de avestruz, de a noite estar quente, de ter gente por todo o lado, risos, conversas trocadas, experiências...foi o pior de sempre. estou revoltado, triste, frustrado, na merda, apesar de já ter passado quase um dia, este misto de sentimentos não me sai da cabeça. apetece-me fazer um rewind e gozá-lo outra vez, mas desta vez, tendo mais respeito por mim.

estou irritado. tenho dito.

20.2.09

e depois do adeus...

amanhã, dia 21, será o meu último dia de trabalho em guimarães. hoje, além do normal trabalho que tive, vi-me obrigado a despedir-me das pessoas através de um e-mail colectivo (que coisa tão foleira). fugi da lamechice o mais que pude, mas mesmo assim, houve lágrimas que cairam e apertos no coração. foi dia, também, de arrumação. a minha secretária, será doutra pessoa. será? espero que sim, para bem do teatro, da equipa e da boa sanidade mental de todos. não acredito é que a pessoa que vier, consiga ser tão chata e falar tanto quanto eu! como me orgulho! mas como dizia, foi dia de arrumação. há muito que via em filmes, as pessoas levarem para o emprego um caixote de cartão, no seu último dia. lá, perante o olhar triste dos colegas, sempre numa filmagem cinzenta e com raios de sol - os últimos? - a entrarem pelas persianas há muito por lavar, entravam todas as memórias dos últimos anos. os papeis sem interesse, o agrafador, as canetas, os separadores, as fotografias da família sempre com molduras de cortar os pulsos na vertical. tudo, mas tudo cabia num caixote, num simples caixote de cartão. hoje, perante o olhar de um ou outro colega de trabalho, decidi fazer o mesmo. imaginei o realizador ao longe e peguei num caixote e comecei a enchê-lo de memórias. a diferença, prende-se só na falta das janelas no nosso gabinete, no cinzento - pois conseguimos manter aquele verde fosco e irritante das fluorescentes - na falta de fotografias de família dentro de molduras horribilis dictus e no simples facto de um caixote não ter servido para colocar tudo. ou seja, tive que pegar noutro, o que estragou este meu fascínio hollywoodesco de ser possível utilizar só um. aparte disso, tudo foi normal. chegada a hora, coloquei os caixotes no chão - diz a tradição que só se levam no último dia - lancei um até amanhã saudável para o ar e saí, aos pinotes, como sempre faço, salvo rara excepção! amanhã, pego às 14h30 e arreio às 24h - finalmente consegui utilizar estas duas expressões tão portuguesas num dos meus posts! e depois? depois, o carnaval far-me-á esquecer as últimas mágoas! que seja...

a esquerda

ontem estava com uma dor estranha no pulso esquerdo. rodava-o, torcia-o e ele doía-me. hoje, já está melhor. não sei o que se passou, mas às vezes dá-me destas dores. lembrei-me então, num dos momentos em que me queixava do pulso, ai ai ai, das duas vezes que fracturei o pulso, o mesmo, o esquerdo.

uma, a correr para casa, para ver se um primo lá estava, esgalhando avenida abaixo, qual carlos lopes da velocidade, quando um carl lewis - ele sim, rápido - sem fazer pisca, me passa pelo lado esquero, não sem antes me dar um toque no pé que se precipita sobre o outro pé e me faz voar, vuuuuhhh e aterrar de tromba no chão, com o braço esquerdo a proteger! resultado? fractura no pulso! em pleno verão! três vivas! viva! viva! viva!

a segunda vez, e para não fugir ao assunto: família - passeava-me com a minha prima (irmã do meu primo da primeira história), de bicicleta feliz, contente e satisfeito quando olho subitamente para a minha mão esquerda e vejo pousado, a apanhar boleia, um grande gafanhoto verde! não tenho medo de gafanhotos, assim como de nenhum animal, mas não me tendo apercebido do que se tratava, a reacção manifestada pelo meu corpo de expulsar tal ser dali, fez com que não retirasse a mão do guiador, mas sim, fizesse um gesto veloz e brusco com o braço que, ao dobrar, fracturou-me o pulso! em pleno verão! três vivas! viva! viva! viva!

isto levou-me a outras histórias, no mínimo bizarras, que me aconteceram e acontecem, que me deixam a pensar.

lembro-me também de uma vez estar a preparar uma campanha da animal, já eram quase duas da madrugada, quando entusiasmado, mas ao mesmo tempo cansado, com um x-acto na mão, dividia folhas a4 em a5. aquilo é que era cortar...sempre a cortar! até que chegou o segundo em que, realmente tinha passado o x-acto, mas a folha continuava a4! não podia acreditar em tal coisa...eu sentira a ferramenta a fazer todo o circuito até ao fim! apercebi-me uns segundos mais tarde que sim, tinha realmente cortado, mas não as folhas, mas o dedo! parte do meu dedo, jazia sobre a mesa e eu, estupfacto, tentava arranjar solução. e qual foi a mais óbvia? tentar colar (???) a parte caída ao dedo anormal. não deu! levantei-me então e, decidi colocar o dedo debaixo de água fria (nunca se faz). até aí sem sangue, este começa a correr a alta velocidade! e eu, não contente, ainda começo a fazer exercício! ora flete as pernas, ora estica, flete, estica! resultado? o sangue não parava e eu cada vez mais fraco! solução seguinte? telefonar à minha mãe! não atendeu! o rafael que pensou então? cair, pois já andava aos tombos com a quebra de tensão, em frente à porta da vizinha e depois ela que se desenrascasse! mas a tarefa que parecia simples, tornou-se complicada. o corredor transformou-se num caminho sem fim, as paredes atravessavam-se à frente e eu via tudo a andar à roda...não desmaies, não desmaies...e não, não caí para o lado. o que não estava a contar, era que a única esquina do corredor se atravessasse à minha frente e me fracturasse a cabeça! lindo! 9 pontos no dedo e 4 na testa! três vivas! viva! viva! viva!

lembro-me ainda da mordidela que o cão da minha ex-namorada me deu, em pleno lábio à mesa da cozinha, que me arrancou parte deste, no lado esquerdo, e que me obrigou a ir para o porto dentro duma ambulância, a ser cozido por uma estagiária e a fazer uma operção plástica mais tarde, qual lili caneças, sem silicone! três vivas! viva! viva! viva!

recordo-me ainda doutros males menores, mas não terão lugar a destaque. a conclusão que chego no fim disto tudo, é que tenho uma queda para o lado esquerdo. tudo o que me aconteceu e acontece (fora a rachadela na cabeça) foi no lado esquerdo. tudo me dói do lado esquerdo. e por incrível que pareça, quando choro, só caem lágrimas do lado esquerdo! eu já sabia que era de esquerda, mas tanto, também não. é que não gosto de extremismos...mas a esquerda, é-me sempre mais marcante! faz com que as coisas mudem e evoluam, seja na política, na sociedade, nas ideologias ou mesmo, no corpo!

16.2.09

blogs ao sol

aproveito estes dias de sol para me colar ao computador, com a luz pela frente, a percorrer a net em busca doutros blogs. cada um faz o seu, cada pessoa escolhe o seu tema, cada uma escreve o que quer, escolhe o formato, escolhe calar-se para sempre, ou escrever diariamente. percorro-os e são raros aqueles que aponto o dedo e grito bem alto (porque gritar é necessariamente alto)...

sim, tu és bom!

...e esses, leio-os duma ponta à outra, desde os arquivos mais infinitos ao presente! com um sorriso nos lábios...qual vouyer! gosto de saber-lhes o dia a dia, as intimidades, o silêncio. gosto até, em raros casos, de lhes oferecer prendas, não porque os conheço, mas porque o que escrevem, faz-me sentir bem! faz-me viajar até eles todos os dias, e conhecê-los melhor. faz-me ter a sensação de que, se os encontrasse por acaso um destes dias, conversaríamos numa mesa de café pela noite adentro, como se de longa data amigos fossemos! a esses, e porque hoje está um dia de sol tãobomtãobomtãobomtãobomtãobom (estou a plagiar um outro blog) dedico este post! que escrevam e me deixem espreitar-vos para todo o sempre!

fotografário
dias assim
hiperbólicamente falando
notas de bom comportamento
reticências e outros etceteras

...há outros, claro está, mas nestes, sou um pouco viciado, confesso!

12.2.09

resta-me escrever

hoje é dia único. dia 12 de fevereiro de 2009. às 12h recebi um telefonema onde me disseram: olha, tenho a impressão que entras de férias 2ª feira. - o quê? a próxima? - sim, a próxima. a advogada diz que tem de ser. - ok, não posso dizer nada. isto é como um jogador perante o treinador, se o mister diz que fico na bancada, eu respeito, apesar de poder não compreender.

e foi assim, o meu fim de manhã. não sei se triste. não sei se livre. não sei se desencontrado com a vida. com o mundo. comigo próprio. perdido. já sabia que não havia volta atrás. quando tomo uma decisão, em princípio será para sempre. mas quando nos apercebemos dela, ficamos por vezes petrificados. eu fico. esperava ir embora mais cedo que o fim de março, mas não tão cedo. não assim, sem ninguém para me substituir. não assim, em que desempenho um papel numa equipa, numa instituição que não é o intermarché e não estão, propriamente, a substituir um caixa. todos somos importantes cá dentro. e estou, sinceramente, preocupado. a equipa não está preparada para a minha saída. a instituição não tem consciência disso. é como querer ser-se vegetariano. tem de existir um período de adaptação. aos poucos. deixando-se isto, depois aquilo, até que aprendemos a viver doutra maneira. com o trabalho que desempenho, é a mesma coisa. sou o único cá dentro a fazer isso. e não vai haver tempo de adaptação a nada, a ninguém, com ninguém. estou perdido por causa disso e só por isso. a viagem, é uma coisa que desejo há anos e não estou arrependido. só espero que me compreendam.

não sei porque escrevo tanto sobre a minha vida. se calhar tenho necessidade de a partilhar, muitas vezes, porque não sei viver sozinho. se calhar, como dizia um amigo meu, é isto das modernices, fazer dos blogs o nosso diário, aberto a toda a gente. quem sabe? eu que nunca tive diário, sempre falei para o ar. agora escrevo-me. e sinto-me perdido.

8.2.09

cet petits riens

só para informar que decidi fazer um blog só de fotografias. há muito que andava com esta ideia na cabeça, mas tinha que fazer algum sentido e sair tal como imaginava. não cabia no caspa, pois era sobre divagações. não cabia no sobrerodas, porque era sobre a nossa viagem. não cabia no doisnumundo, porque era sobre nós. assim sendo, teve que se inventar um só para fotografias. não ficou tal e qual como queria, mas aos poucos e poucos...cliquem aqui!

5.2.09

os poetas de blog

dizia-me hoje um amigo, que havia espreitado um blog e que logo que vira poesia (ou a tentativa de...) carregara logo na cruz e fizera-o desaparecer em dois instantes. concordei com ele, pois ultimamente tenho andado de um lado para o outro a ver e rever blogs alheios e são imensos aqueles que me fazem logo premir a cruz vermelha. vamos lá a ver. não é por eu querer e sonhar ser poeta, que sei escrever poesia. nem por eu querer e sonhar ser fotógrafo, que sei tirar fotografias. ou cantor, só porque até acho que tenho jeito. há pessoas mesmo sem jeito nenhum. e não vale a pena insistir. ou será que acham que a poesia é escrever umas frases sem pontos finais, a dizer barbaridades sobre o amor, que a saudade torna o céu cinzento, e que o beijo que me faz falta é como um lírio que não abriu num dia frio de novembro? não, a poesia não é isso. eu, que não sou poeta, sei-o bem. mas eu não quero ser poeta. já foi tempo em que me sentava sozinho na minha solidão - porque achava que os poetas eram seres fora do mundo e que tinham de estar sempre sozinhos - e com aqueles cadernos que os merceeiros usavam para apontar quem devia dinheiro, de capa grossa - porque é esta a imagem que o poeta tem, de andar sempre com um livro de apontamentos atrás - e olhando o fundo do nada, com os olhos desfocados, me lembrava da meia dúzia de palavras que achava que faziam sentido ligadas umas às outras. ou melhor, que menos faziam sentido, porque a poesia para mim, era mesmo isso. dizer coisas. tudo cá para fora. vomitar palavras..."tempo que esperas. nuvens de fogo que não ardem. olhos penetrando o vazio de ti"...blá blá blá. este tipo de coisas que não interessam a ninguém, muito menos a mim, mas que achava bonito. epá, sou bestial. até que nem é difícil, esta coisa de ser poeta! felizmente, um dia, olhei para aquilo e tomei noção que talvez fosse melhor dar a minha carreira como potencial poeta, por terminada! foi o melhor que fiz! a humanidade, ou aqueles que um dia olharam para aquelas palavras, agradecem! o que acho piada no meio disto tudo, é o facto de as pessoas não conseguirem ser nossas amigas o suficiente para nos dizerem: r., não tens mesmo jeito para esta coisa. a tua tentativa de poesia é realmente uma bosta. - porque continuam a dizer: r., como consegues chegar tão fundo? essa tua maneira de interpretar o mundo, a visão das coisas. das melhores coisas que li. é lindo! - mas é lindo o quê? ainda bem que nunca mais escrevi. agora vá meninos e meninas. revejam os vossos blogs, a vossa escrita, a vossa maneira banal e ridícula de ver as coisas e pensem. serei eu mesmo bom a escrever isto? se calhar saio-me melhor se me virar para a pintura de viaturas automóveis...quem sabe!

eu? eu só quero poder continuar a escrever barbaridades! tem uma certa...poesia!

2.2.09

receita para um dia de sol

hoje está bom - ouço dizer na rua mal abro os olhos - e apesar de ser já tarde, salto da cama e para o sol, com os olhos ainda inchados! amanhã à tarde as temperaturas voltam a descer, os ventos fortes regressam, a neve acima dos 800 metros - ouço mais tarde. corro rua abaixo com os meus cães, viro a cara para cima e fecho os olhos. aproveito todos os raios que consigo receber. e não rodo sobre mim próprio, mas a vontade é imensa. apanho o resto da roupa que tenta secar há 3 dias e cozinho:

- num tabuleiro de ir ao forno, coloca-se 90 gramas de manteiga e deixa-se no forno até derreter;
- junta-se à manteiga 2 colheres de chá de cominhos moídos, 2 colheres de chá de coentros, 1 colher de chá de açafrão das índias, 1 malagueta pequena, um pouco de sementes de mostarda preta e 2 dentes de alho esmagados;
- mistura-se tudo para ficar um composto homogéneo. depois de colocado no forno e de ferver, mistura-se 8 batatas cortadas aos cubos e mistura-se no molho de modo a ficarem todas por igual e leva-se ao forno durante 25/30 minutos!

- à parte, corta-se tofu às fatias não muito finas e tempera-se com pimenta preta, só.
- numa frigideira, coloca-se um pouco de azeite e meia cebola e um tomate pequeno cortado aos bocadinhos. metade de um caldo de legumes (atenção, caldo de legumes sem frango...leiam os ingredientes). logo de seguida, põe-se o tofu e o lume no mínimo.
- depois de virar a primeira vez, corta-se tofu fumado aos cubinhos e deita-se por cima, deixando estar assim durante 10 minutos.
- quando se desliga, distribui-se um pouco de gengibre em pó por cima do tofu!

- serve-se quente...e bom!

ainda não almocei, mas cheira divinalmente! ouço anabela duarte e o excelente albúm machine lyrique, que acabou neste preciso momento. para não fugir ao estilo musical, coloco boris vian chante boris vian. o sol continua lá fora. a tempestade vem além, mas este dia é meu! hum...

troca de palavras

um estranho aproximou-se e perguntou-me se era meu costume passar por ali. ali, naquela rua. ali, àquela hora da noite. se era costume. se nunca vira uma mulher, uma maria ou cristina - não me recordo - a conversar, lá do cimo da varanda, com um homem, cá em baixo. um homem, o ex-marido, disse-me. era meu costume, sim, passar ali, não querendo dizer que fosse sempre a esta hora, mas que nunca reparara em tal mulher cristina ou maria, nem em nenhum ex-marido. que ela era mais velha, que era divorciada e que há dois anos que estavam juntos, mas que agora ela tinha voltado para casa da mãe, essa cristina ou maria e que ele sentia muito a falta dela, mas que desconfiava que o ex-marido andava por ali e que até lhe viu o carro e que correu atrás, mas que fugira. estivera preso e que só lhe apetecia entrar por ali dentro e estrangular a cristina ou maria, ou seria carla? que a mãe que era uma pobre coitada de cadeira de rodas lhe dissera para não pensar mais nela. que não o merecia. e eu dava-lhe razão, à mãe. mas que não aguentava o ciúme, a falta, a troca. que era homem. que ia subir à varanda. que ia matar a cristina ou maria, ou seria carla? não faças isso - pedi-lhe - estragas a vida. vais preso outra vez, mais uma vez. que ela não o merecia. eu nem o conhecia. e dela, nem sabia da existência. a casa pareceu-me sempre vazia. que não sabia o que fazer e que se fosse eu, o que faria. corria - disse-lhe - corria muito e cansava-me. assim, ao chegar a casa, caia e dormia e não pensava mais nela. na carla ou cristina, ou seria maria? que ia fazer o que lhe tinha dito, mas que reparasse bem, num destes dias, se a varanda não se ocupava de nenhuma mulher, o chão de nenhum ex-marido e o ar de nenhumas palavras de aproximação, conquista, paixão. e desapareceu, rua acima, num passo rápido, que não era de corrida. ser estranho. indecifrável. desbotado. o zé.

1.2.09

dia de sorte

já lá vai o tempo em que tinha a mania, antes de sair de casa fosse para o que fosse, de me afastar do alvo 3 metros e com apenas 3 tentativas, tentar acertar no meio mas, qual menino que apaga as velas mas antes pede um desejo, pensava numa coisa para mim que queria muito que acontecesse e quanto mais dardos acertasse no meio, mais possibilidade tinha de o pensamento se realizar. fazia-o para ter um dia bom. fazia-o para pedir sol. fazia-o para um espectáculo me correr bem. fazia-o para não me chatear. fazia-o para ser mais feliz. fazia-o para encontrar aquela pessoa. agora, que parti todos os dardos, resta-me o alvo e muitas vezes olho para ele com alguma nostalgia. o meu ditador da sorte, há muito encostado, pede-me uso. tenho andado com vontade de jogar o dia a dia outra vez. mas enquanto a minha preguiça não me permitir, deixo uma fotografia para não me esquecer do dia em que tive mais sorte, sem ter sequer pegado nos dardos. cheguei a casa, depois de um dia inteiro fora e eles estavam nesta posição, logo naquele dia, em que tinha pensado todo o dia na mesma coisa! o mais bizarro, é que nunca descobri quem jogou esse dia por mim.

aviso

todas as fotografias aqui editadas são da minha autoria. nenhuma destas imagens poderá ser utilizada sem o meu consentimento prévio.

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