14.11.08

(in)sanidade mental

são 2h40 e talvez não seja a melhor hora para escrever sobre o assunto, admito. deve ser uma consequência do momento. o cliché que mais me recordo agora, que possa definir este momento, é: "não sou homem de uma mulher só". eu adapto à minha pessoa: não sou homem de uma terra só! parece-me bem melhor, mais aventureiro, mais ético e menos errante! cada vez me convenço mais do que acabei de dizer. não consigo sossegar. estar quieto. criar raízes. é contra a minha natureza. questiono cada vez mais o meu nome de família da parte do meu pai: polónia. nunca fui curioso ao ponto de tentar saber de onde vinha. o que é certo é que, mesmo continuando sem procurar, tenho a certeza que algo de cigano de leste deve haver neste nome. estou convencido que sim. já vivi em ovar, coimbra, porto, lisboa, guimarães, paris, mealhada - do que me lembro. mas não estou contente. sossega rapaz! no entanto, o motivo que me leva a pensar em escolher qualquer outro sítio para montar a tenda, é simples. se não saiu deste emprego onde estou, estou sujeito a não ir parar a lado nenhum nunca mais, a não ser para um hospital psiquiátrico. pela continuação do meu bem estar, da minha estabilidade como ser humano, a fuga é inevitável. sou novo - penso - de que tenho medo? o que é certo, é que coloco estas questões e a verdade é só uma. medo, não tenho nenhum. se for uma questão de trabalho, felizmente, não faltará. estou com um aspecto de doido. já nem é só o que digo. é mesmo o aspecto físico. o cabelo e a barba grande, ainda por cima, não ajudam. ainda para mais, quando a minha barba é ruiva e o cabelo, castanho. bonito, pensam, todos pintam o cabelo. este é tão senil, que pinta a barba. e riem-se. não para mim, mas de mim. ai, vou fujir.

enquanto não o faço, e antes de adormecer, vou falar um pouco aqui com o meu companheiro imaginário. ele compreende-me melhor que ninguém!

aviso

todas as fotografias aqui editadas são da minha autoria. nenhuma destas imagens poderá ser utilizada sem o meu consentimento prévio.

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